domingo, 4 de dezembro de 2016




I

Bela Anfitrite, nobre soberana
Senhora suprema do exército de Proteu;
Tu, que tomas o vasto Oceano como teu
O fresco das águas e a salitre que emana,

Só a ti o quente Austro obedece
Só para ti as doces gaivotas cantam
Só contigo as estrelas se espantam
E deste-te à terra que te não merece.

E se eu, que de mortal tenho minha condição
Não vos pude nunca chegar ao coração
Ó, dina Anfitrite, senhora minha,

Posso, no entanto, ter este proveito
e vos professar todo o meu respeito
Com que vos saúdo, minha Rainha!

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