segunda-feira, 5 de junho de 2017


XX

Deitado em seu leito feito de estrelas
O Rei, mergulhado em sono profundo,
'Spalha as coroas p'los confins do Mundo
'Sperando por quem venha a merecê-las...

O seu reino é um quarto sem janelas
Perdido longe o ceptro rubicundo
A 'spada lançada a um poço sem fundo
Junto ao peito, umas flores amarelas...

Nisto uma luz se acende num repente;
Será então uma alma transparente
Que encontrou a c'roa (quem o soubera)?

Sem alma a luz passa e o sonho é desfeito
E solitário, sonhando em seu leito,
No vazio do espaço, o Rei espera, espera...

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