quarta-feira, 4 de janeiro de 2017



IX

Ecoava no bosque uma ave cantante
Quando fugia da cruel Medusa
Que não aceitava a minha recusa
Em me tornar seu eterno amante!

Reflectia o Sol o escudo brilhante
Numa linha luminosa e difusa
E como por dentro o mal não se acusa
O silvo da espada ecoa, vibrante.

(Corta-se a cabeça; a besta está morta
Olhei, absorto, a lâmina que corta
E um rosto por maldade deformado)

Que me fizeste, que mal, que magia
Se só de te olhar, ó Górgone fria
O meu coração em pedra foi tornado?

Sem comentários:

Enviar um comentário