segunda-feira, 10 de julho de 2017


XXIX


'Stava Vénus, deusa-amor, assentada
Os seus longos cabelos penteando
Cor de mel, cor do Sol e lume brando
Na sua pele branca aveludada.

Brincando perto da mãe delicada
'Stava Eros suas setas afiando
E Vénus, terna e doce, o afagando,
Dá-lhe um beijo na bochecha rosada.

Nisto belo mancebo se aproxima
E Eros, à pobre mãe que tanto o estima,
Fere-lhe o coração quase de morte:

"Nunca" geme "qu'reis d'Eros ser senhores
Pois vêde como a deusa dos Amores
Tem p'ra seu coração tão pouca sorte!..."


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