sábado, 1 de julho de 2017

XXVI

Chegaste um dia a meu trono sob'rano
Agrilhoados teus pulsos de flor
Marmóreo ser do meu sonho de amor
Que em malvada hora me cobriu de engano...

Deixei-me guiar por credo tirano
E sufocar por meu ser em vã dor
E no meu reino do qual sou senhor
Pensei acabar com teu jeito insano...

E olhas e dizes, de rosto parado
- Que em tuas mãos eu não morra ou pereça!
E meu coração ficou destroçado...!

Mas que vejo eu, teu poder começa?
E e não me qu'rendo de novo em tal 'stado
Ergo-me e brado: - Cortem-lhe a cabeça!


Sem comentários:

Enviar um comentário