sábado, 23 de setembro de 2017


XL

Quando, finado o Estio das almas tristes
O meu coração seco e macerado
Cair com um suspiro a teu lado
Sabendo nunca mais se nele existes;

Quando nas tardes calmas que persistes
Junto ao rio que corre anunciado
Em desfolhar os sonhos do passado
Sem cuidar por teu o que neles vistes...

Quando o violino triste e dolente
Cantar à madrugada, descontente
E abrir o peito vão ao céu cinzento;

Entende que, dormindo, a terra espera
Abrir-se novamente à Primavera
No seio pobre e só do esquecimento...

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