sexta-feira, 8 de setembro de 2017

XXXV

Na ilha que fiz tua anunciada
Teu templo caiu com ventos, gemidos
Caem colunas, mármores partidos
E a estátua que eras ficou destroçada.

Dos cantos que fiz já não resta nada
Só fica a memória dos tempos idos
E vendo os teus altares destruídos
Eu me of'reço à tempestade irada.

Mas, contra o que esperei p'ra meu proveito
Vejo partir os feros vendavais
E logo chamo, com vero despeito:

"Ó trovões, ventos, que vos afastais
Não vedes que 'inda tenho no meu peito
O rosto daquela que me levais?"


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