domingo, 15 de outubro de 2017

Abril

No plaino que a sul norteia
Na madrugada que raia
Plantei um grão de areia
Nasceram dunas na praia.

No plaino que a aurora singra
Do cantar de uma cigarra
Plantei nele uma lágrima
Nasceu-lhe a voz na guitarra.

No plaino de rosto altaneiro
Vontade mais alta ecoa
Plantei no fado um veleiro
Nasceu-lhe o mundo na proa.

Nasceu-lhe o mundo na proa
Nasceu-lhe a brisa que exala
Azul é o céu que abençoa
E verde o mar que assinala.

É verde o mar que assinala
Rubro o coração desfeito
Plantaram nele uma bala
Nasceu-lhe um cravo no peito.


Sem comentários:

Enviar um comentário