sábado, 11 de novembro de 2017

Rosa dos Ventos

Ou Lisboa

Sentada num rochedo feito de ar
Tendo por leito seu a branca espuma
Vai desenhando sonhos, céu e bruma
Na testa coroada por salgar
E na imensidão ao levantar
Aos olhos do Oceano a branca fronte
‘Stende os dedos de coral no horizonte
E é tanta a desventura no colar
De lágrimas mil que foi colhendo
Que não sabe se é rainha ou infante
Nem se será sua, vendo em diante,
As ondas turbulentas revolvendo,
Nascida duma rosa, vento e mar
A esfera que em seus sonhos vai tecendo…



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