segunda-feira, 22 de maio de 2017

O Número da Fortuna

Juro que sempre quis falar de ti, falar de amor...
Sonhei com que sonhassem o que eu sonhei
E não julguei difícil até ser o sofredor
E não pensei lembrar até hoje o que eu amei...

Pudera eu esquecer o que é sofrer, o que é amar
Sentir que mais não fosse que meu qu'rer
Andar p'lo sentir como alguém que não quer ver
E ter como caminho nada mais que bem-estar
Sem louvar o vil amor como algo que sofrer...

(Basta de vãos sonhos, vãs promessas, más palavras
Basta de querer aceitar uma Fortuna
Carente de afecto, que por isso una
Toda a vil lembrança de tomar acções erradas
Pelo tear de letras, cada verso avança uma
E cuidar que almas não ficam magoadas...)

Menelau perdeu Helena e assim perdeste
Simplesmente por querer fechar do céu
A água da fonte dos enamorados
A água dos que assim estão destinados
A viver pelo fastio, que da lembrança
Pelas veladas águas são tocados...

... Essas águas levaram uma letra e Fortuna já não é...


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