quarta-feira, 1 de março de 2017

Enigma



Abre uma rosa na neve branca e pura
Envolta em cristais; o vento frio ruge
E adivinhando o destino p'ra que surge
Acorda e remete em rubra doçura
Que a é pelos espinhos, pelo perfume
Desta rosa na neve branca aberta...
O vento ruge e então desperta
A própria luz do Sol que assume
Num raio apesar de apaixonado:
"De tão esquivos olhos não moura e pereça
E embora o coração sofra e sem proveito
Teima em escrever no mármore abandonado
As treze letras que juntou dentro do peito..."

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