quinta-feira, 16 de março de 2017

Aganipe e Hipocrene


Ante vós a minha dor, que sois partida!
Drêiades em pedaços me são a vida...

Perdendo uma boa altura de não falar
E pensando não saber que mal fazias
De longe dizeis ser minha eternamente...
Mentis! Que o vento é tua voz, por isso mente!
Créos desde Delphos nos seguiu e tu sabias!
Eu, tolo, fui o fácil plano de vos juntar...

Ruas de aço quente é Hipocrene que envenena
Aganipe, mais suave, é um mal que me condena...

Ai! Já nem me entendo como sou!
A água da tua ânfora, que lhe puseste?
Com que me envenenaste em alto mar?
Corvo infame e vil, sabes nadar?
Que Proteu te funde p'lo que fizeste!
Que te empurre para o Caos que te enviou!

Piso a tua afronta, nada importa, sois passado
Resta-me beber água das fontes como fado...


Sem comentários:

Enviar um comentário