VI
No meio da noite triste e escura
Com o disco lunar redondo, brilhante,
Esperançoso, quão dúbio amante,
O terno pássaro, em vão, procura...
As horas passam, a noite continua
Perdem-se as penas, os olhos, a vida
E a ave jazeu, morta, perdida,
No meio da noite triste e escura...
De cálidas mãos para vil criatura
De urtigas feita, que fere e tortura
De lágrimas claras forma mil defeitos:
Eis o rosto daquela que augura
Que em pobres rimas mata, enclausura
Meus versos perdidos e sonhos desfeitos.
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