Branca te vi, quieta, silenciosa e deitada
Um cabelo orna-te os olhos adormecidos
O espaço, mármore áureo com jóias do Cáucaso
- é nada...
Sem saberes Hipnos bebeu-te de um sorvo!
A tua boca, semi-aberta em lençóis, cora
Nos teus cabelos negros mortos vejo
- um corvo.
É essa a ave que me assombra, senão
Por que teria assomado à minha janela
Senão para roubar o que eu tinha de meu
- o coração?
Esperei o salvado! Não veio, eu estava errado.
Acaso se deteria algum semi-deus errante
Para libertar por qualquer crime algum amante
Que mais não é que um Prometeu agrilhoado?
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