XXVI
Chegaste um dia a meu trono sob'rano
Agrilhoados teus pulsos de flor
Marmóreo ser do meu sonho de amor
Que em malvada hora me cobriu de engano...
Deixei-me guiar por credo tirano
E sufocar por meu ser em vã dor
E no meu reino do qual sou senhor
Pensei acabar com teu jeito insano...
E olhas e dizes, de rosto parado
- Que em tuas mãos eu não morra ou pereça!
E meu coração ficou destroçado...!
Mas que vejo eu, teu poder começa?
E e não me qu'rendo de novo em tal 'stado
Ergo-me e brado: - Cortem-lhe a cabeça!
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