O primeiro rei veio na
linha
Sombria do céu
crepuscular
Os anéis de sal e mar
rodando nos dedos de areia
O segundo rei teceu
passagem
Nas cruas dunas do
Levante
Perdidas as suas mãos
torradas pelos beijos de mil sóis
O terceiro rei ergueu a
noite
No punho a espada de
meia-lua
E o sorriso das esfinges
escondido na boca de uva
Só o quarto rei veio mudo
e quedo
As veias da fria terra
são seus cabelos
E a cruz que traz nos
olhos junto ao peito
Lembra a branca aurora
que, dourada
Se espalha lentamente de
mansinho
Nas duras pedras rubras
da calçada…
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