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Soprava trémulo e mortal o vento
No dia que te roubou, secreto, a vida
Que, no final, já estava dorida
P'lo tempo que passara tal tormento...
Com a alma de passado turbulento
E, no fim, vendo a Morte apercebida
Ainda fitaste com expressão ferida
A gélida face do Sofrimento...
(Sai a alma de um corpo mutilado
Estanca o sangue no coração parado
Cansado de bater p'lo seu fadário.)
Perdoa-me! Por fraco me ter tornado
Por no fim não te ter acompanhado
Pelo duro suplício do Calvário!...
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