XI
Ornada pela Lua a noite corria
E o vento forte e gélido cortava
E um peito fraco em vão segurava
Um rubro coração que, triste, batia...
Coberto de ira o meu ser ardia
E; raivoso, contra Deus gritava
Ao ver que aquela dama que eu amava
Envolta em meus braços, por fim, morria:
"Ah! Como dentro de mim Te condeno!
Que a tragas de volta de volta não peço: ordeno!"
E passada a ira, responde Deus:
"Tudo quanto eu crio tem o seu lugar
E carrego ess'alma que tu vês findar
Que o lugar dos anjos é aqui nos Céus..."
Sem comentários:
Enviar um comentário