XVII
Levantai-vos, Eliane! A tuba troveja!
Levantai convosco a calma, a vida
Que nem mesmo voss'alma adormecida
Sonhou com o que o presente almeja!
Iguais dotes Adonaide deseja
E com Anfritrite a Lídia atrevida
Vos enganou e de mente perdida
Rompeu vosso manto, roída de inveja!
Logo eu lhes brado: "Cosei-me esse manto!
Pois como ousais fazer entrar em pranto
Minha senhora com voss'alma mesquinha?"
Entrai! Rufa o tambor e a trompa ecoa
E sou eu, Rei, quem vos torna e coroa,
De Alcippe da Música, a sua Rainha!
Sem comentários:
Enviar um comentário