XIV
Saudades são verter pedaços d'alma
Um rir que é chorar continuamente
Morrer pela memória inutilmente
Ausência é mais um mal que não se acalma.
Repousa em teu sepulcro sempre calma
Que velarei teu corpo fielmente
Enquanto penso triste, amargamente,
Na tua morte que matou minh'alma...
... E enquanto a minha alma desolada
Ainda não esqueceu, amargurada,
Aquela dor imensa de perder-te
Só me resta aguardar a minha sorte
Em esperar o dia da minha morte
P'ra entrar no Paraíso, tornar a ver-te!...
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