domingo, 17 de setembro de 2017
XXXVIII
Plantemos farpas d'oiro, meu amigo
No plaino que dos deuses nos foi dado
Que o rei que por Amor é coroado
O coração com farpas traz consigo...
Trazei-me o ceptro vil que por castigo
Me verga o braço por vos ter olhado
E o nosso espelho-dor, despedaçado
Que jaz perdido e só no chão antigo...
(A sombra que te dei, triste e dolente
Debruça-se nos vales e nos montes
E fontes das quais bebo eternamente...)
Mas só a lira chora por meus males!
Ó peito, não te inflames lentamente!
Ó alma, não te vás assim que estales!
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