Ou da Páscoa
A mulher-pássaro abriu os braços
Deixou no sepulcro a laje tombada
Deixou no sepulcro a laje tombada
Largou o sudário, vestiu madrugada
E abriu no peito o Sol em flor
E lançando ao mar os olhos baços
Salgados nas ondas de breu e dor
Nos céus desfolhou-se em mil beijos
Beijos para as pedras
Para o coração
Beijos para as trevas
Para as penas no chão..
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