XLII
Pedira a vã donzela certo dia
Ao velho cavaleiro seu amado
"Trouxeras-me o bem rico mais cuidado
E minha mão d'alvura eu te daria!..."
'Squecendo todo o dano que faria
Ao seu peito de guerras destroçado
O cavaleiro arranca com um brado
O coração d'ouro co'a espada fria...
Mas vendo a fulva jóia desbotada
A jovem, atirando a pedra ao nada,
Disse "Quebrada está! Que serventia?"
A jóia se esvaiu em lume brando
Rompeu-se em sete sóis e, suspirando
'Spraiou-se com a luz do novo dia!...
Sem comentários:
Enviar um comentário