Uma avezinha cantante
Rasgando os céus, certo dia,
Perdeu-se de amor,
errante,
P’la flor que um ‘spelho
reflectia…
Dormia num piano velho
A magnólia adormecida
Mas só no reflexo do
espelho
A ave via a flor ‘scondida…
Certa noite, num lamento,
A voz já desesperada,
Roubou o ‘spelho cinzento
E esp’rando ver a flor
amada
Viu o seu rosto… e a flor
De tule e sombra rosada
Em gotas de orvalho e
amor
Brotando dos olhos
-
mais nada…
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